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Kamala ou Trump: Os efeitos no Comércio Exterior

A presidência dos EUA, seja com Kamala Harris (caso ela assuma no futuro) ou Donald Trump, tem implicações importantes para o comércio exterior dos Estados Unidos e para a economia global. Cada um desses líderes tem abordagens distintas, e suas políticas impactariam tanto as relações comerciais diretas dos EUA quanto o cenário econômico de outros países. Vamos explorar algumas possíveis consequências.

1. Política Comercial de Trump: Isolacionismo e Tarifas

  • Tarifas e Protecionismo: Durante o mandato de Trump, a política de comércio exterior foi marcada por um forte protecionismo, especialmente contra a China. Ele implementou tarifas sobre centenas de bilhões de dólares em produtos chineses, alegando práticas comerciais desleais.

  • Relação com a China: Uma política comercial de Trump focaria em “guerra comercial” e esforços para reduzir o déficit com a China. Isso poderia continuar afetando exportações, cadeias de suprimento e parceiros comerciais dos EUA.

    Acordos bilaterais: Trump é mais favorável a acordos bilaterais (ex., USMCA com México e Canadá) e buscaria reformular ou retirar os EUA de acordos que considere desfavoráveis, como o Tratado Transpacífico (TPP), do qual ele se retirou.

  • Impacto Global: Para países emergentes, como o Brasil, o protecionismo de Trump poderia trazer oportunidades (por exemplo, para exportação de soja e carne para a China), mas também desafios, dada a menor previsibilidade de tarifas e embargos.

2. Política Comercial com Kamala Harris: Multilateralismo e Sustentabilidade

  • Multilateralismo: Harris provavelmente continuaria a política de Biden de priorizar alianças e acordos multilaterais. Isso significa menos foco em tarifas unilaterais e mais negociação com parceiros comerciais através da OMC e outros órgãos.

  • Sustentabilidade e Trabalho: O governo Harris provavelmente continuaria a apoiar políticas de comércio que incluem compromissos de sustentabilidade, direitos trabalhistas e ambientais, que seriam mais alinhadas com as regulamentações de países da União Europeia.

  • Aproximação com aliados: Harris poderia aprofundar as relações comerciais com aliados históricos, como a União Europeia e outros países da OTAN, fortalecendo acordos que focam em cadeias de suprimentos seguras e menos dependentes da China.

  • Relação com a China e países emergentes: A postura com a China provavelmente seria firme, mas menos agressiva do que a abordagem de Trump, com foco em concorrência justa, direitos humanos e questões de propriedade intelectual. Para países emergentes, isso representaria uma oportunidade de se alinhar em pautas ambientais e de trabalho e buscar maiores cooperações comerciais.

3. Impacto para Países como o Brasil

  • Com Trump: Poderia haver uma relação mais direta e focada em acordos bilaterais específicos, mas com instabilidade devido ao estilo imprevisível. Haveria oportunidades para aumentar exportações agrícolas e energéticas.

  • Com Harris: O Brasil poderia se beneficiar em áreas de comércio sustentável, mas enfrentaria maior pressão para alinhar suas políticas ambientais e de direitos humanos. A relação seria mais previsível e coordenada por meio de acordos multilaterais.

4. Implicações no Mercado de Tecnologias e Cadeias de Suprimento

  • Trump: Provavelmente focaria em expandir a produção interna e reduzir a dependência estrangeira. Restrições a empresas de tecnologia da China poderiam gerar um impacto em países parceiros que operam com grandes exportadores chineses.

  • Harris: Incentivaria cadeias de suprimentos diversificadas e sustentáveis. Isso poderia beneficiar empresas que implementam práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) e apoiar a inovação em tecnologias limpas.

Assim, o impacto de cada líder no comércio exterior é significativo e refletiria diferentes valores e abordagens dos EUA ao comércio global. E você, qual prefere?